sábado, 23 de outubro de 2010

Aprendizagem Colaborativa ou Cooperativa?


O termo “aprendizagem cooperativa” não é contemporâneo à internet. Apesar da rede de computadores ter contribuído significativamente para a disseminação de ambientes on-line - potencializadores da comunicação e cooperação entre as pessoas, gerando inúmeras comunidades virtuais de aprendizagem, o termo não é novidade.
Historicamente, teóricos como Piaget, Vygosky, Paulo Freire, entre outros, já definiram, defenderam e demonstraram que a cooperação é um importante dinamizador da aprendizagem. Piaget define cooperação como operar em comum, ou seja, co-operar. Para Vygotsky, o trabalho coletivo propicia a ZDP – zona de desenvolvimento proximal – caracterizada pela distância entre o nível de desenvolvimento real (conhecimento já consolidado pelo indivíduo – autonomia) e o nível de desenvolvimento potencial (conhecimento que irá ser construído com a ajuda do outro – em cooperação). Para Paulo Freire, a educação dialógica, traz na sua essência, a idéia de cooperaçãoe igualdade na medida em que o significado da palavra diálogo pressupõe comunicação de duas ou mais vias (comunicação “com” e não “para”).
Alguns autores tratam cooperação e colaboração como sinônimos, outros, porém, fazem distinção. Particularmente, acredito na complementaridade dessas definições: a colaboração entre sujeitos acontece na interação entre eles, porém pode partir de ambas as partes envolvidas ou unilateralmente. Na cooperação é fundamental que haja interação, colaboração, mas, além disso, é preciso compartilhar objetivos e realizar ações em comum. Assim, não existe cooperação sem colaboração, mas pode existir colaboração sem cooperação.
Ainda tenho dúvidas em relação à essa divisão entre os termos. Neste caso, poderia ser uma diferença, quando analisamos ambientes virtuais, e percebemos que a colaboração é encontrada em listas de discussão, comunidades abertas e outros ambientes coletivos que participamos na Web. A cooperação é mais restrita a grupos de estudos e desenvolvimento de projetos, onde se pretende a construção de um determinado conhecimento – inteligência coletiva. Será que é isso?
Nestas circunstâncias, é possível afirmar que os ambientes organizacionais, povoados por equipes de trabalho com interesses em comum, constituem-se, por excelência, em ambientes de aprendizagem cooperativa. Mas simplesmente o fato de “pessoas trabalharem juntas”, não resulta por si mesmo em esforços cooperativos, pelo contrário, pode desencadear esforços individualistas e acirrar a competição entre os integrantes das equipes.
Não nos restam dúvidas de que a aprendizagem cooperativa é eficaz e só traz benefícios, porém não tem sido fácil implementá-la. Uma das razões para tal é porque não sabemos como trabalhar cooperativamente. O modelo educacional atual, apesar de ter avançado em muitos aspectos, ainda privilegia as potencialidades individuais dos alunos, enfatiza classificações e promove procedimentos de avaliação por recompensa (notas), que traz conseqüências desastrosas na vida pós-academia. Então, ao nos depararmos com situações que efetivamente temos que demonstrar nossa competência cooperativa, nos reportamos aos referenciais educacionais internalizados – privilegiamos nossas opiniões individuais e nos fechamos à escuta do grupo.
Cinco componentes essenciais caracterizam o cenário para que ocorra aaprendizagem cooperativa:
  • Interdependência positiva - cada elemento do grupo percebe que só terá sucesso, caso todos tenham...
  • Responsabilidade do indivíduo (responsabilização individual de tal modo que o desempenho de cada integrante seja avaliado);
  • Interação promotora (promover face-a-face, o sucesso dos outros – animando, apoiando, instigando questões...);
  • Desenvolvimento de habilidades sociais (garantir participação igual, abrir-se para esclarecimentos, evitar as distrações, negociar, buscar entender, animar os outros, olhar para quem fala, integrar as idéias, ser responsável, seguir as instruções, fazer perguntas, permanecer junto ao grupo, contribuir com idéias, expressar apoio e aceitação de idéias, ampliar respostas dos outros, discordar sem criticar, resumir...);
  • Processamento através do grupo (fazer com que os componentes do grupo percebam como o grupo interage e trabalha).
Nem todas as tentativas de aprender cooperativamente serão bem-sucedidas, já que, sob certas circunstâncias, pode levar à perda do processo, falta de iniciativa, mal-entendidos, conflitos, e descrédito: os benefícios potenciais não são sempre alcançados.
Por isso, o sucesso da aprendizagem cooperativa não depende unicamente da utilização de tecnologias da informação e comunicação ou de implementação de ambientes virtuais, mas acima de tudo, de uma mudança de postura quanto à forma dese relacionar e interagir com os outros.

. Haidt, Regina C. Curso de Didática Geral, ed Moderna, São Paulo, 1999.
. Zabalza, Miguel. A aprendizagem como um processo colaborativo. Fórum SM de Educação/Universidade de Santiago de Compostela.

domingo, 3 de outubro de 2010

Atividades com reciclagem

Como fazer uma horta com garrafas pet


Material necessário

3 garrafas PET vazias
3 suportes para floreira
1,2 quilos de terra
800 gramas de adubo
1 quilo de areia
Sementes de salsinha e cebolinha
Água
Estilete
Tesoura
12 parafusos com bucha
Pá e rastelo

Como fazer

1. Corte as garrafasCom o estilete, faça uma abertura de 13 por 20 centímetros nas três garrafas. Duas delas, que servirão de jardineiras, devem ser furadas na parte de baixo para que a água escorra (foto). A terceira garrafa terá a função de armazenar a água excedente da rega.

Cortando a garrafa PET

2. Prepare a terraMisture três partes de terra com duas de esterco de gado bem curtido, que não tem cheiro como o de galinha. Coloque a terra em duas garrafas, plante as sementes e regue.


3. Evite a água paradaColoque areia na terceira garrafa, que funcionará como prato. Assim, você impede que surjam na água focos de mosquito da dengue.

4. Pendure a hortaEscolha uma parede em que bata bastante sol e fixe os suportes, deixando 20 centímetros de espaço entre um e outro. Pendure as jardineiras a uma altura que permita às crianças ver as plantas.

Boa idéia para a Casa Aberta, já que o nosso tema é Reciclagem

 Sucata que vira brinquedo.

       

                         

 

              

 

 
CENTOPEIA DE CARTELA DE OVOS 
BICHINHOS DE GARRAFA PET
FONTE-http://sucatadatiafabiola.blogspot.com/2009_08_01_archive.html

 

           

 

 

 

sábado, 2 de outubro de 2010

Socorro!!!Minha Voz está Rouca

Muitas vezes ficamos roucos sem motivo aparente e com início repentino. O que fazer? Quem procurar? Devemos seguir as receitinhas caseiras de mães, avós ?Ou devemos esperar que logo passa?
A rouquidão muitas vezes é o primeiro sintoma que percebemos de que nossa voz não está bem. Ela geralmente é o indicativo de que estamos cometendo abusos ou mau uso vocal.
O primeiro passo é tentar fazer uma retrospectiva do tempo em que esta rouquidão se apresenta, qual a duração desta rouquidão e se apresentamos também períodos de afonia(perda total da voz).
O mais indicado é sempre procurarmos um profissional especialista em problemas vocais ( no caso otorrinolaringologista ou fonoaudiólogo).O otorrinolaringologista vai analisar a voz do ponto de vista orgânico, ou seja, examinará a laringe e poderá solicitar exames que analisem as Pregas Vocais.
O fonoaudiólogo irá fazer uma avaliação funcional da voz, ou seja, observará e fará testes específicos para analisar se as Pregas Vocais estão executando adequadamente a função vocal.
Existem alguns profissionais que estão mais sujeitos à problemas vocais do que outros, pois usam a voz profissionalmente como por exemplo, os cantores ,locutores, professores, palestrantes, entre outros.
Existem também alguns cuidados básicos que podem ser seguidos por todas as pessoas para preservação da qualidade vocal. Os principais são: *beber bastante água: a água hidrata o nosso corpo como um todo e também hidrata a região das Pregas Vocais , o que faz com que tenhamos um melhor rendimento vocal.
*evitar o excesso de doces, café , leite e alimentos muito gordurosos: o uso excessivo destes alimentos engrossam a nossa saliva, o que dificulta a movimentação das Pregas Vocais.
* fazer repouso vocal: o que não significa ficar sem falar, mas evitar os exageros , principalmente em períodos seguidos a um grande esforço vocal, como por exemplo, depois do trabalho.
* evitar receitas caseiras como gargarejos, pastilhas, uso de sprays sem receita médica: todas essas medidas mascaram a qualidade vocal e dão a sensação de melhora (temporária) o que pode levar a um abuso vocal. O médico é o único profissional capaz de emitir receitas.
*evitar competição sonora: sempre que possível evitar conversar em ambientes barulhentos como ambientes com som muito alto, ambientes com muitas pessoas gritando, pois estes lugares nos levam à um aumento do volume da voz para sermos ouvidos , o que nos leva também a um abuso vocal.
Para finalizar, sempre que houver qualquer dúvida quanto à voz procure um profissional especializado para melhor orientação. Otorrinolaringologista ou Fonoaudiólogo.

Katia Ignacio Menegueti
Fonoaudióloga Clínica, aperfeiçoamento em terapia fonoaudiológica pela Santa Casa - SP.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

História

Uma História para Trabalhar o Tema "PIOLHO"

...ERA UMA VEZ O REI PARASITA MALAZARTES I

Malazartes era um piolho muito esperto, que habitava Ana cabeça de um menino chamado Luizinho, que, por sua vez, era inimigo número um da água, do sabão e do pente.
Assim, iam vivendo! Malazartes que adorava a sujeira da cabeça do Luizinho, reinava absoluto. Todos os dias saía para uma longa caminhada, entre os cabelos despenteados do pobre Luizinho, que se coçava desesperado. A noite era uma maravilha para Malazartes, porque, enquanto Luizinho dormia, ele fazia verdadeiros banquetes, sugando o sangue da cabeça do garoto.
Certo dia, rei Parasita Malazartes I estava feliz da vida em seu trono. Gordo e cheio de vida, ria satisfeito . Sabem por quê? É que ao seu lado estava sentada a rainha Piolhinda, sua esposa. Sim! Malazartes havia se casado, e anunciava a todos do reino que queriam ter muitos e muitos filhos.
Voltemos nossos olhos agora, para Luizinho. Enquanto Malazartes engordava e procriava, o menino (coitado!) estava de fazer dó: pálido, abatido, com os olhos tristes, tão magro e adoentado, que não tinha mais vontade de brincar e nem estudar. Passava o tempo todo sentado embaixo de uma árvore, coçando a cabeça com ambas as mãos.
Um dia, a mãe de Luizinho, preocupada com o seu aspecto, levou-o ao médico, dr. Sabidus Limpatudo. Dr Sabidus olhou para Luizinho, deu uma examinada, descobrindo rapidinho qual era o mal. Receitou para Luizinho: muita água e sabão na cabeça todos os dias, pentear os cabelos três a quatro vezes com o pente fino e observar. Aconselhou à mãe, ao menor indício de coceira, olhar na cabeça da criança e, constatando a presença do parasita, retirá-lo e matá-lo.
E, assim ao chegar em casa, para azar do rei Malazartes, da rainha e de toda a corte, Luizinho passou por uma verdadeira faxina. Primeiro, cortou os cabelos bem curtos, depois lavou muito bem e, em seguida, passou pente fino, conforme havia sido receitado. Acabou, desta forma o reinado de Parasita Malazarte I, voltando a saúde para Luizinho.
Quem vê Luizinho hoje, nem o reconhece. É um menino feliz, gordo e corado, está sempre disposto a brincar e, na sala de aula, então, agora que está livre dos piolhos, está sempre atento às lições, conseguindo assim aprender sem dificuldades.
E vocês querem saber de uma coisa? Luizinho e sua mãe, ficaram tão contentes com o resultado, que saíram ensinando a todos os vizinhos e coleguinhas da escola, como fazer para acabar com os piolhos. Deste modo, na comunidade onde mora Luizinho, foram exterminados os piolhos e vivem todos felizes e cheios de saúde. E quando chega um novo morador no bairro, ou um novo coleguinha na escola, fica logo conhecendo a história de Luizinho e o Rei Parasita Malazartes I .

Achei muito legal essa história!!!